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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PMA discute casos de violência contra a mulher

Veja a seguir nova estratégia no fluxograma de atendimento a mulher vítima de violência doméstica:


Para discutir o encaminhamento de casos envolvendo mulheres vítimas de violência doméstica, foi realizada na manhã desta quarta-feira, 9, uma reunião entre a secretária de Assistência Social e Cidadania, Rosária Rabelo, e a coordenadora da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), delegada Daniela Ramos Lima Barreto. O encontro aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), localizada no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, e resultou na construção de uma estratégia que será colocada em prática no município.
Ficou acordado que todas as mulheres vítimas de violência que procurarem a DAGV serão encaminhadas para o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) São João de Deus, órgão mantido pela Prefeitura de Aracaju especialmente para o atendimento de mulheres vítimas de violência. "Semanalmente nós teremos um balanço das denúncias que chegaram até a delegacia e, de posse disso, a equipe do Creas vai realizar a busca ativa dessa mulher, ofertando os serviços para que ela possa superar essa situação vivenciada momentaneamente", afirmou a secretária Rosária Rabelo.
A secretária destacou ainda a importância do encontro, tendo em vista os crescentes casos de violência contra as mulheres. "Nós definimos um protocolo de estratégias para aperfeiçoar essa articulação entre a delegacia e o serviço prestado. Sem dúvida, foi um contato extremamente importante", frisou.
A delegada Daniela Barreto ressaltou a importância do serviço prestado pelo Creas. "Esse serviço é fundamental porque não adianta, apenas, trabalhar na responsabilização do agressor, quando você não trabalha uma retaguarda, um suporte à vítima de violência, para que ela possa retomar as rédeas da sua vida. O Creas tem condição de verificar que necessidades essa mulher tem e inseri-la em programas e serviços", avaliou.

Creas São João de Deus

O Creas São João de Deus tem como finalidade prestar apoio psicossocial às mulheres vítimas e garantir o direito de viver sem violência. Para a delegada Daniela Barreto, esse serviço faz toda a diferença para as vítimas. "Se essa mulher não chega a esse serviço, ela pode perder a oportunidade de receber uma boa retaguarda em um momento determinante da sua vida, que é o momento em que ela resolve tomar providências diante da violência doméstica", completou.
Ligado administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), o Creas é a porta de entrada para que as vítimas sejam acolhidas e possam ter o sofrimento amenizado. Ao chegar no Creas, num primeiro momento, é realizado o acolhimento por uma profissional da equipe técnica. Esse acolhimento consiste na escuta qualificada, em que o profissional se abstém de imprimir valores pessoais ou construídos socialmente.
Durante todo o processo de atendimento, as vítimas recebem acompanhamento psicossocial e são identificadas as demandas em cada caso. "Muitas dessas mulheres, além de terem sido vítimas de violência, encontram-se com seus direitos violados, ou mesmo os desconhecem", ressaltou a coordenadora do Creas São João de Deus, Magna Mendonça.
De acordo com a coordenadora, a procura pelo serviço é espontânea ou através de encaminhamentos. "A própria vítima procura os nossos serviços ou é enviada pelos órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos [delegacias especializadas, maternidade Nossa Senhora de Lourdes, hospitais, Centros de Referência de Assistência Social, Unidades Básicas de Saúde e Conselhos Tutelares]", destacou Magna.

Casa Abrigo 

Após receberem os primeiros atendimentos no Creas, as vítimas são encaminhadas para a Casa Abrigo Núbia Marques, criada pela Prefeitura de Aracaju para oferecer atendimento especializado às vítimas de violência doméstica. Com toda a estrutura necessária para garantir o apoio psicossocial de que elas necessitam, a Casa Abrigo funciona como um local de proteção para as mulheres que se encontram em uma situação vulnerável.
Para preservar a segurança delas e de seus filhos, o endereço do abrigo é mantido sob absoluto sigilo. "Esse é mais um mecanismo da rede de proteção social. A Casa Abrigo atende mulheres vítimas de violência e seus filhos menores de idade que tiveram seus vínculos familiares rompidos e que estão sob ameaça de morte", destacou a coordenadora. 

Acompanhamento

Após o desligamento do serviço prestado na Casa Abrigo, a mulher vítima de violência continua recebendo acompanhamento através da equipe técnica do Creas São João de Deus para que possa, de fato, superar o trauma vivido. O atendimento é realizado semanalmente por um psicólogo, na sede do equipamento social, e por um assistente social, em visitas domiciliares.
"Essa é uma forma de sabermos como a pessoa está e como ela tem enfrentado o problema", enfatizou a coordenadora de Proteção Social Especial da Semasc, Silvana Santos. Atualmente oito mulheres continuam recebendo atendimento especializado do Creas São João de Deus.


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