No dia 20.09.2013, foi realizada a adesão do Programa Mulher, Viver Sem Violência, o Estado sergipano agora conta com mais um mecanismo para coibir a violência doméstica contra a mulher. O programa conta com dois ônibus que atuarão em todo Estado para o atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, fazendo com que a Lei 11.340/2006 seja mais acentuada no interior sergipano.
O programa funcionará com atendimento móvel e disponibilizará atendimento jurídico, social, psicológico e de saúde.
Muitas mulheres sergipanas passam por este problema, seja de forma velada ou explícita. É comum escutarmos a frase "mulher gosta de apanhar", mas a violência doméstica é algo muito profundo, pois além de ser executada dentro de um local que considera-se "lar", também há um choque de princípios e sentimentos, uma vez que há a distorção entre a compreensão do lugar de deveria ser de cuidado, proteção, amor e etc, para ser um local de sofrimento, de baixa autoestima, de violação de direitos.
Diante da experiência com as mulheres em situação de violência da Casa Abrigo, é perceptível a descrença nos órgãos de proteção, tendo em vista que algumas alegam que as medidas protetivas de urgência ainda estão fragilizadas, principalmente no que diz respeito a distância do agressor à ofendida. As mulheres se sentem vulneráveis ao sair do abrigo e voltar a viver no meio comunitário que sofreu a violência, pois é comum o descumprimento da medida que requer que o agressor fique pelo menos a 200 metros de distância da vítima, o fato é que não há um controle que a determinação irá ser cumprida, uma vez que depende do "bom senso" do agressor e da vítima em comunicar a infração, e nem sempre dá tempo para isto, infelizmente sendo concretizado o homicídio.
Que o programa possa trazer uma esperança para o cumprimento mais eficaz de tudo que está descrito na Lei Maria da Penha.
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